Mambas nas “meias” do Cosafa

Rei Lau coloca Mambas nas “meias” do Cosafa


Os Mambas qualificaram-se às meias-finais do torneio regional Cosafa depois de terem vencido a África do Sul por 5-4, na marca das grandes penalidades. Lau King apontou o último penálti, que garantiu a qualificação, após Ernan ter defendido três grandes penalidades. No tempo regulamentar, houve empate sem abertura de contagem. O próximo adversário é a Namíbia, na sexta-feira.


Lau King foi o herói de Moçambique, esta quarta-feira, ao apontar a última grande penalidade, diante da África do Sul. King teve que ser mesmo Rei e assumir a responsabilidade de colocar os Mambas nas meias-finais do torneio Cosafa, em que vai cruzar o caminho da Namíbia, na caminhada à final da prova.

Mas não agiu sozinho Lau King, pois teve a colaboração de Ernan, que defendeu três grandes penalidades, a cobrir os falhanços de Telinho e Infren, que quase colocavam tudo a perder.

Chiquinho Conde continua a ter a sorte de um conde no comando dos Mambas, desde que chegou, a somar bons resultados e devolver alegria aos moçambicanos. Agora, a meta está mais próxima, ultrapassando o primeiro e temível adversário, a África do Sul.

ENTRAR COM UMA EQUIPA CAUTELOSA, MAS AGUERRIDA

Para o embate desta quarta-feira diante dos Bafana Bafana, Chiquinho Conde montou uma equipa bastante cautelosa, concentrada e quase defensiva. O sistema de 4-2-3-1 evidenciava essa cautela que devia acontecer perante um adversário “desconhecido”, tal como assumiu o seleccionador nacional.

Isac era o mais adiantado na selecção moçambicana, apoiado muito de perto, mas de forma recuada, por Melque e Telinho pelas laterais, e o estreante João Bonde pelo centro, estes três mais defensivos.

Shaquile e Amadou tinham a responsabilidade de criar o primeiro tampão na defensiva moçambicana, para não permitir que os sul-africanos chegassem à zona mais recuada, onde estava o quarteto de betão composto por Edmilson, o capitão, Martinho e Chico no centro, e Infren, na direita.

E os primeiros 15 minutos foram de domínio total da selecção da África do Sul, que ainda assim não conseguiu traduzir em jogadas de perigo junto à baliza de Ernan.

Só depois dos 20 minutos, os Mambas equilibraram e começaram a chegar com algum perigo junto à baliza contrária, mas também sem marcar.

A segunda parte também não trouxe mudanças. Aliás, a defrontar uma equipa totalmente jovem e com apenas um jogador com 23 anos (os restantes abaixo dos 21 anos de idade), os Mambas tinham a responsabilidade de assumir o protagonismo e, assim, o fizeram, pelo menos na segunda parte.

De todas as formas, encurralaram o seu adversário até as zonas mais recuadas, mas debalde, porque os miúdos (Bafana Bafana) da África do Sul controlavam todas as investidas e tentativas de “cuspir veneno” sobre eles.

Sem golos, a alternativa foi mesmo a marcação das grandes penalidades.

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INFREN E TELINHO QUASE DEITAVAM ABAIXO O SONHO

Na marca dos 11 metros, em que a sorte é que mais conta, houve um pouco de tudo: felicidade, tristeza, apreensão, estresse e, finalmente, festa.

É que na primeira leva das grandes penalidades, Salayelo marcou para os sul-africanos e Edmilson empatou. Na segunda leva, António falhou e Nené colocou os Mambas em vantagem.

Ernan era o herói até então, porque voltou a defender o penálti de Hunan, e parecia mais fácil para os Mambas. Mas Telinho e Infren quase deitavam tudo abaixo quando falharam. O primeiro permitiu a defesa e o segundo atirou ao travessão.

Danilo foi o último dos Mambas e assumiu a responsabilidade e empatou a marca em 3-3, levando as grandes penalidades para o mata-mata.

Zuku marcou e Shaquile empatou. Msani falhou e Lau King mostrou que tem coroa e colocou os Mambas nas meias-finais do Cosafa-2022.

Na sexta-feira há mais, diante da Namíbia, que, na terça-feira, afastou o Madagáscar por duas bolas sem resposta, no único jogo que terminou no tempo regulamentar.

A outra meia-final será jogada entre Senegal e Zâmbia, que derrotaram eSwatini (5-4 nas grandes penalidades depois do empate a um nos 90 minutos) e Botswana (10-9 nos penáltis, depois do empate a um golo).

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